domingo, 16 de agosto de 2009

CONSIDERAÇÕES SOBRE O AMOR E SEXO


O ser humano é condenado expressamente a carregar pela vida o relacionamento entre Eu e Outro. Neste contato, duas variantes, o Amor e o Sexo. Constantemente, se vai falar, discutir, fazer, sentir sobre o assunto. Buscará várias possibilidades de conceitos, julgamentos, envolvimentos, conflitos ao estar em contato com o seu self , com sua alteridade, com sues arquétipos, com suas dialéticas e pragmatismos. A ciência tentando encontrar explicações que não caiam em um reducionismo que implique deduções e induções. O cérebro, um buraco negro ou buracos negros, contudo, sendo explorado à exaustão, com suas sinapses e neurotransmissores , com seu lobo direito e esquerdo, conduzindo a respostas interessantes e pertinentes ao falar de amor e sexo.
Antes, muito antes, muito mesmo, o Homem buscava explicações sobre o Amor e Sexo, através dos deuses, desde a Teogonia, desde Hesíodo e Homero, desde as belíssimas histórias de amor e sexo, desde Salomão(Cântico dos Cânticos), desde os pósteres de Sócrates. Na entrada da Idade Média, a igreja começou a direcionar o Amor e Sexo aos seguidores de uma fé, aos seguidores que buscam a felicidade plena, no Além, muito além. Seu poder de persuasão, seu monopólio do poder, a coersão da força(clero e nobreza), um vínculo assustador que moldaram a organização e mentes de uma sociedade.
Entrada da Idade Moderna, o Homem queria se desvincular do Além, o Estado impondo sua extraordinária força, a Política construída e formada pela sociedade, contribuiu afincamente com os cérebros humanos, segundo relatos de Maquiavel . O Homem passou a ser o centro das atenções, porém os grilhões do medo do seu corpo, dos seus sentimentos estavam e estarão atrelados a ele como pregados à pele, eternamente. Ele não será o mesmo, impérios serão construídos, impérios serão destruídos, formas de governo mudarão constantemente, guerras surgirão, milhares morrerão, milhares nascerão, todavia, o Amor e o Sexo serão partes íntimas de seu Ser e continuarão a instigar o Homem, a desafiá-lo, a procurar conceitos, a definir métodos, construir e desconstruir verdades, a fazê-lo a encontrar a fórmula mágica para cada um. Tudo em vão, entrarão novas Idades e ele na sua mesmice e obstinação. Um cavaleiro a destruir moinhos.
Desde o nascimento do Homem, sua sina é o Amor e o Sexo, é a sua busca pela verdade. É sua busca pela explicação de sua existência. É sua busca para explicar atos e ações.
Diante disso, o Homem se torna humano. A mágica é essa, nunca encontrar as respostas para o Amor e para o Sexo. Muito já foi dito, escrito, teses e teses, livros e livros, pensadores magníficos, cientistas extraordinários contribuíram, mas não ficaram satisfeitos, não estamos satisfeitos.
Mediante a isso, nascem o Super-Homem e a Vontade de Potência. Nascem a Psicanálise e a teoria do Inconsciente. Nascem o Materialismo Dialético. Nasce o Inconsciente Coletivo. Nascem as terorias Fenomenológicas. Nascem as teorias evolucionistas e a Seleção natural. Nascem as teorias Estruturalistas. Nasce a Arqueologia do Conhecimento.. Nascem as teorias da Desconstrução. Nascem os conceitos do Inconsciente estruturado com a Linguagem. Nascem teorias da Engenharia Genética. Nasce a Biotecnologia. Nasce o conceito de Amor Líquido.
Tudo para explicar o Homem, tudo envolvido com o Amor e Sexo. Impregnados. Às vezes conseguem ser uno, vestem a mesma roupagem e a mesma linguagem, um corpo só.
Ah, o Amor e Sexo, insistiremos eternamente para aproximar de conceitos convincentes e verdades absolutas para compreender o Homem.
O que nascerá para tentar entender estas pulsões e pulsações do Homem?
O Homem diante dos mistérios dele mesmo.

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