quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Um visionário chamado Karl Marx, ao buscar um poeta romano Públio Terêncio, dizia que as atitudes e ações humanas já não eram novidades e estranhas a ele. Diante do Homem do século 21, fico às vezes, sem ação, sem movimento,porém não posso permitir que isso aconteça. As atitudes e ações mostradas, escancaradas para que todos vejam, ah maravilhas do mundo visual e tecnológico, tudo a todo momento, com pitadas de um tempero que as minhas glândulas palatais não conseguem descobrir, contudo, as desgraças e horrores anunciados são os mesmos, sempre os mesmos, só mudam os personagens humanos e os espaços e tempos cronológicos e psicológicos. Enfim, a mesmice do Homo Sapiens Sapiens.
O planeta Terra pede socorro? Nós pedimos socorro? A quem? Nada de elevar as cabeças aos céus, podemos contrair um torcicolo fenomenal.
Quem virá ao nosso socorro, perante ao horror não mais anunciado, entretanto palpável.
Não que eu seja pessimista ou apocalíptico. Não comungo destas ideias.
Ainda há pulsação e humanos neste planeta. Ainda há vida, sorrisos, sonhos, rosas, ipês, orquídeas, arco-íris, lua cheia, noite estrelada, abraços, toques, amor. Como não amar o ser humano?
Percebem? Ainda o planeta tem salvação.
Mortes anunciadas, desastres anunciados, bombas anunciadas, corrupções anunciadas, nepotismos anunciados, desastres ambientais anunciados, trânsitos congestionados anunciados, catrástofes anunciadas. Neste tempo que escrevo vários anúncios rondam o mundo com suas desgraças.
O verso do planeta: sorrisos não são anunciados, prazeres gratuitos não são anunciados, abraços não são anunciados, noites estreladas e luas cheias não são anunciados, o pai que volta para casa não é anunciado, o pai que beija seu filho não é anuciado, as flores que nascem no asfalto não são anunciados, a lambida de um cachorro não é anunciada, o cantar de um pássaro na ombreira de nossa janela não é anunciado. Ah, como quereria colocar tudo, mas o tudo é infinito diante do ser humano.
Por que é mais fácil e cômodo e prazeroso ouvir, falar e sentir os horrores da foice da morte?
Ao ler Hobbes, Nietzsche, Bergson, Zigmunt Bauman, Sartre, Hannah Arendt, Caio Prado Júnior, Sérgio Buarque de Holanda, Bobbio, Gramsci, Karl Jaspers dentre outros, confirmo o que digo. Assusta-me, mas há luzes por todos os lados, e naturais, sem artificialismos.
O senso comum é pernicioso, embora útil.
O que eu, você estamos fazendo para reconstruir o Homem? Para reconstruir o Planeta Terra?
Não preciso divulgar o que eu faço, mesmo não conhecendo minha consciência, dizem que ela existe, todavia, realizo atitudes e ações de melhoria para meu eu-interior e para o Outro.
Sem pieguismos, precisamos um do outro para compartilharmos da mesma mesa, o mesmo pão e o mesmo vinho, somente simbólico, sem valores morais judaico-cristãos.
Até a próxima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário